domingo, 30 de maio de 2010

Brasil é destino de agrotóxicos banidos no exterior

What a shame!


Campeão mundial de uso de agrotóxicos, o Brasil se tornou nos últimos anos o principal destino de produtos banidos em outros países. Nas lavouras brasileiras são usados pelo menos dez produtos proscritos na União Europeia (UE), Estados Unidos e um deles até no Paraguai. A informação é da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), com base em dados das Nações Unidas (ONU) e do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio.

Apesar de prevista na legislação, o governo não leva adiante com rapidez a reavaliação desses produtos, etapa indispensável para restringir o uso ou retirá-los do mercado. Desde que, em 2000, foi criado na Anvisa o sistema de avaliação, quatro substâncias foram banidas. Em 2008, nova lista de reavaliação foi feita, mas, por divergências no governo, pressões políticas e ações na Justiça, pouco se avançou.

Até agora, dos 14 produtos que deveriam ser submetidos à avaliação, só houve uma decisão: a cihexatina, empregada na citrocultura, será banida a partir de 2011. Até lá, seu uso é permitido só no Estado de São Paulo.

Enquanto as decisões são proteladas, o uso de agrotóxicos sob suspeita de afetar a saúde aumenta. Um exemplo é o endossulfam, associado a problemas endócrinos. Dados da Secretaria de Comércio Exterior mostram que o País importou 1,84 mil tonelada do produto em 2008. Ano passado, saltou para 2,37 mil t. "Estamos consumindo o lixo que outras nações rejeitam", resume a coordenadora do Sistema Nacional de Informação Tóxico-Farmacológicas da Fundação Oswaldo Cruz, Rosany Bochner.

O coordenador-geral de Agrotóxicos e Afins do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Luís Rangel, admite que produtos banidos em outros países e candidatos à revisão no Brasil têm aumento anormal de consumo entre produtores daqui. Para tentar contê-lo, deve ser editada uma instrução normativa fixando teto para importação de agrotóxicos sob suspeita. O limite seria criado segundo a média de consumo dos últimos anos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

terça-feira, 25 de maio de 2010

Mais um Parque Eólico para o Rio Grande do Sul

Brasília (21/5/2010) – O Ibama emitiu Licença Prévia ao Parque Eólico Minuano para geração de energia elétrica nos municípios de Chui e Santa Vitória do Palmar, no estado do Rio Grande do Sul. Com capacidade geração de 62 MW. O Parque Eólico será implantado em polígono irregular de 887,8 hectares abrangendo áreas nestes dois municípios.

O Brasil vem melhorando a infraestrutura de geração elétrica em grande parte com energia limpa, estamos em excelente posição em relação ao resto do mundo, 46% da matriz energética brasileira é renovável. Ao assinar a licença o presidente do Ibama, Abelardo Bayma, observou que o país é privilegiado, “tem uma matriz diversificada e de geração limpa. É sempre um mérito para o governo e para a população quando autorizamos um empreendimento como esse”.

A fonte de energia que recebeu o maior número de projetos cadastrados na Empresa de Pesquisa Energética -EPE para os leilões deste ano é a eólica, com 399 parques de geração e um total de 10.569 MW de potência instalada.

É condição para a implantação do Parque Eólico Minuano que as redes interligadoras sejam subterrâneas dentro da área do empreendimento, sendo preciso também executar os projetos de monitoramento de fauna durante o período de um ano antes de sua instalação.

A Minuano Energia Eólica deverá ainda apresentar ao Ibama a aprovação do Departamento Aeroportuário do estado do Rio Grande do Sul, referente a cones de aproximação de campos de pouso próximos.

Normalmente, a competência de licenciamento desses empreendimento é do órgão estadual, mas nesse caso ele se encontra na divisa com o Uruguai e coube ao Ibama licenciá-lo.

Ascom/Ibama

Duplicação da BR 116: sai licença do Ibama para trecho Porto Alegre a Pelotas

Brasília (21/5/2010) – o Ibama emitiu Licença Prévia para as obras de duplicação da BR -116/RS, no trecho que liga a cidade de Porto Alegre a Pelotas, segmento com extensão de 220 quilômetros.

A duplicação desse trecho vai melhorar o tráfego de mercadorias e pessoas, garantindo mais segurança. A Licença Prévia avalia a viabilidade ambiental do empreendimento e prevê as melhores alternativas locacionais.

Ascom/Ibama

domingo, 9 de maio de 2010



Feliz Dia à todas as mamães da natureza!

sábado, 1 de maio de 2010

As plantas alimentícias que os brasileiros não conhecem estão em debate na Terça Ecológica




Evento que ocorre no próximo dia 4 de maio vai mostrar uma nova alternativa de alimentação, desconhecida mas com alto valor nutritivo.


Divulgação/NEJ/RS
Maior parte das plantas alimentícias não convencionais é rejeitada do seu prato por ser considerada um “inço”


Por Juarez Tosi, EcoAgência de Notícias Ambientais

O brasileiro está cercado de plantas alimentícias, com alto valor nutritivo, mas que ainda não conhece. E a maior parte é rejeitada do seu prato por ser considerada um “inço”. Esse tema veio a público com a tese de doutorado na UFRGS do pesquisador Valdely Kinupp. Orientado pela professora titular do Departamento de Horticultura e Silvicultura da Faculdade de Agronomia da UFRGS Ingrid de Barros, Valdely Kinupp fez um levantamento da riqueza florística da Região Metropolitana de Porto Alegre. Ele pesquisou 1.500 espécies da vegetação nativa da região e concluiu que 311 delas (21%) possuem potencial alimentício e são praticamente desconhecidas. Parte do estudo foi realizado no Sítio Capororoca, Bairro Lami, em Porto Alegre.

Para debater o tema “O Sabor das Plantas Alimentícias não Convencionais”, o Núcleo de Ecojornalistas do Rio Grande do Sul (NEJ/RS), com apoio do Instituto Goethe e EcoAgência de Notícias Ambientais, e patrocínio da Petrobras, realiza no próximo dia quatro de maio mais uma edição da Terça Ecológica. Como palestrantes participam a professora Ingrid de Barros e a engenheira agrônoma e proprietária do Sítio Capororoca, Silvana Bohrer. O evento inicia às 19h, no auditório do Instituto Goethe, Av. 24 de Outubro, 112, bairro Independência, Porto Alegre.
Plantas ignoradas

Trabalhando há vários anos na pesquisa dessas plantas, a professora da Faculdade de Agronomia Ingrid de Barros, destaca que muitas espécies de plantas apresentam um significativo potencial alimentício, mas são ignoradas ou sub-utilizadas por não estarem arroladas entre as convencionalmente cultivadas para fins comerciais.

“Algumas”, acrescenta a pesquisadora, “são plantas silvestres, espécies ruderais, mais conhecidas como ‘matos’ ou ‘inços’, com uso potencial ainda não explorado. Outras não cultivares obsoletas que há muito saíram do mercado ou são variedades crioulas, restritas a poucos agricultores que cuidam zelosamente de seu patrimônio e são desconhecidas do grande público”.

Ela alerta que “a importância destas espécies é a garantia da manutenção da agrobiodiversidade, criando possibilidade de oferta de novas opções de alimentos, enriquecendo cardápios e assegurando não só segurança alimentar, mas também segurança nutricional”.
Produção ecológica

Já a agrônoma Silvana Bohrer explica que o Sítio Capororoca trabalha com várias das espécies pesquisadas, como as flores capuchina e hibiscus; as folhas bertalha, ora-pro-nobis e urtigas, raiz batata yacon e as frutas fissális, pepininho e tomate arbóreo. A produção ecológica do Sítio Capororoca iniciou em 2001, com o plantio de moranguinhos. “A partir de então”, conta Silvana, “prosseguimos com a idéia de investir em fruticultura, verduras e também em flores e plantas comestíveis diferenciadas”.

A Terça Ecológica é um encontro que o NEJ/RS realiza sempre na primeira terça-feira de cada mês, aberto a toda comunidade, e tem por objetivo oportunizar que as pessoas aprofundem seus conhecimentos sobre problemas ambientais do Rio Grande do Sul.

Serviço:
Terça Ecológica: “O Sabor das Plantas Alimentícias não Convencionais”
Data: 04 de maio de 2010
Horário: Das 19h às 21h
Local: Instituto Goethe, Av. 24 de Outubro, 112 – Bairro Independência – Porto Alegre (RS)
Promoção: Núcleo de Ecojornalistas do Rio Grande do Sul (NEJ/RS)
Instituto Goethe – Porto Alegre
EcoAgência Solidária de Notícias Ambientais
Patrocínio: Petrobras.

Quem rotula amigo é



Em defesa do consumidor, que tem o direito de conhecer aquilo que compra e come, o Greenpeace travou e venceu uma batalha com gigantes.

Após três anos em meio de investigações e protestos, lidando com empresas poderosas do setor alimentício Bunge e Cargill, além de redes de supermercados. Não foi fácil, mas fariam tudo de novo: no final, o brasileiro ganhou mais honestidade e transparência no carrinho de compras.

A história começou em 2003 quando o governo Lula aprovou a Lei de Rotulagem, que determinava que alimentos que contivessem a partir de 1% de transgênicos entre seus ingredientes seriam obrigados a apresentar claramente essa informação na embalagem. Só que a lei era letra morta: nenhuma empresa queria assumir publicamente que usava matéria-prima transgênica em seus produtos. Era como se, de repente, todos os alimentos fossem seguros.

Esse "milagre" dos alimentos pseudolivres de transgênicos não passou despercebido pelo Greenpeace. Desconfiaram que, atrás de embalagens bonitas e coloridas, havia organismos geneticamente modificados. O mínimo que deveria ser feito era sua correta identificação, para que o consumidor pudesse escolher o que comia.

Em julho de 2005, uma investigação minuciosa comprovou a desconfiança. Os óleos mais consumidos do país, Soya, da Bunge, e Liza, da Cargill, continham soja transgênica em sua composição. Para chegar a essa conclusão, foram mapeados os tipos de sementes usados para o processamento da soja e fabricação do óleo. Na porta das fábricas, uma equipe interceptava os caminhões que chegavam com a semente e, ali mesmo, em uma mesa de testes, checavam os grãos.

Os testes foram realizados em fábricas em Ourinhos (SP), Dourados (MS), Campo Grande (MS) e Três Lagoas (MS). Foi comprovado o uso de transgênicos em todas, menos em Campo Grande. O motivo? De lá eram exportados os produtos para a Europa, onde não é aceito óleo com traços de transgenia – uma vez que o consumidor europeu é muito exigente, o produto geneticamente modificado era jogado na mesa do brasileiro.

Todo o processo foi filmado e as provas, entregues ao Ministério Público Federal em outubro de 2005. Um protesto com 20 ativistas representando consumidores brasileiros, que empurravam carrinhos de supermercado cheios de latas de óleos Soya e Liza pela rampa do Congresso Nacional, marcou a entrega oficial de dossiês com evidências da denúncia para o governo. Os deputados federais Fernando Gabeira (PV-RJ) e João Alfredo (PSOL-CE), então integrantes da Comissão de Meio Ambiente da Câmara, reivindicaram o cumprimento do decreto da rotulagem.

Passo de tartaruga

O desrespeito com o consumidor brasileiro era tamanho que, dois anos depois da denúncia, e apesar da abertura de inquérito do Ministério Público Federal resultar em mais um decreto de obrigatoriedade da rotulagem, as prateleiras ainda traziam óleos Soya e Liza sem a informação correta na embalagem. Mais uma vez, o Greenpeace entrou em ação.

A campanha pela rotulagem saiu das fábricas e ganhou os supermercados, em protestos realizados na Semana do Consumidor, em março de 2008. Munidos de adesivos com o símbolo de transgênicos, um "T" amarelo, ativistas rotularam nas prateleiras os óleos comprovadamente transgênicos.

Foi um barulho só e uma briga daquelas, mas que surtiu efeito. No início de 2008, Bunge e Cargill finalmente passaram a seguir a lei, e os primeiros óleos rotulados começaram a chegar aos supermercados brasileiros. O consumidor finalmente teve seu direito respeitado.
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A pergunta que fica: Quantos alimentos mais utilizam soja transgência, e que são comercializados no Brasil, não encontram-se rotulados?
Afinal a iniciativa de pesquisa foi toda do Greenpeace, quando deveria ser da ANVISA e Ministério da Agricultura.

BM encontra vacas dentro de carro em Viamão

Vacas teriam sido furtadas de um sítio nas proximidades e foram encontradas dentro de um automóvel Gol.

Zoo em Sapucaia do Sul comemora aniversário com portões abertos

Para registrar esta data, neste sábado os portões do Zoo em Sapucaia do Sul estarão abertos à visitação pública, das 8h30min às 17h. O ingresso será 1kg de alimento não perecível.

Distante 24km da capital, o Zoo recebe cerca de 500 mil visitantes ao ano. Tem um acervo de mais de 1,1 mil animais de 150 espécies, entre mamíferos, aves e répteis. Sua área total é de 780 hectares, sendo 160 destinados à visitação pública, e 620 à reserva florestal. Oferece uma infra-estrutura com churrasqueiras, área de recreação infantil, restaurante e lanchonetes.

Em 1972 o Parque, localizado em Sapucaia do Sul, passou a integrar a Fundação Zoobotânica do RS, assim como o Museu de Ciências Naturais e Jardim Botânico, ambos localizados em Porto Alegre.

O Parque Zoológico é um dos maiores atrativos, enquanto área de lazer, recreação e turismo, da Região Metropolitana de Porto Alegre.

Caso ser animal de zoológico fosse profissão reconhecida pelo Ministério do Trabalho e tivesse carteira assinada, a elefante Pink estaria gozando de aposentadoria. Dos 1,1 mil animais do parque, ela é que tem mais tempo de serviço. Chegou em 1973, com três anos. O aniversário do zoológico é uma oportunidade que não deve ser perdida de conhecer Pink e sua companheira Mila. Começa em breve uma obra de reforma do recinto dos elefantes, que deve tornar difícil visualizá-los durante 40 dias.

Os mais populares

Ninguém bate os chimpanzés em sucesso de público. A ilha onde eles fazem suas macaquices é, com vantagem, a mais procurada pelos visitantes.

— As crianças ficam horas ali, vendo as travessuras. Parece que se enxergam — conta o diretor do zoológico.

Essa popularidade tornou-se ainda maior há quatro meses, quando papai e mamãe chimpanzé deram um irmãozinho para Sudão, seu filhote de cinco anos: o pequeno Nilo.

O animal do mês

Assim como certas empresas elegem o funcionário do mês, o zoo de Sapucaia do Sul tem o seu "animal do mês". Em maio, o escolhido foi a girafa. É uma valorização da prata da casa. Os dois exemplares pescoçudos do parque nasceram lá mesmo.

Os mais valiosos

Como craques de futebol, animais de zoológico também têm passes de custo elevado. A diferença é que, em vez valerem milhões, são avaliados na bem mais modesta faixa dos milhares de reais. Nesse quesito, o Pelés de Sapucaia são, ao lado dos elefantes, os dois rinocerontes brancos. Eles valem R$ 90 mil cada. São os únicos exemplares do parque que vieram direto da África. Foram oferecidos pela África do Sul, em troca de um rinoceronte negro, que viajou para o outro lado do Atlântico com a finalidade de ajudar a evitar a extinção dos seus.

Quanto "valem" os animais do zoo: (Pra mim o valor destes animais é inestimável)

Rinoceronte-branco R$ 90 mil

Elefante R$ 90 mil

Girafa R$ 60 mil

Urso-de-óculos R$ 10 mil

Chimpanzé R$ 6 mil

Arara-vermelha R$ 1,5 mil

Cisne-de-pescoço-preto R$ 1,2 mil

Cervo-dama R$ 1 mil

Puma R$ 800 (também conhecido como leão-baio, felino nativo!)

O menos visto: Lobo-guará

Pobre lobo-guará. Não bastasse estar ameaçado de extinção e ter sumido do ambiente natural no Estado, ainda por cima quase não recebe atenção do público no zoo. É que ele fica em uma zona pouco visitada, meio escondida e ainda por cima em uma elevação que exige algum esforço para subir. Nada melhor do que ajudar a elevar o moral dos três exemplares do zoo fazendo uma vizinha hoje, nos fundos da área reservada aos carnívoros.

A dieta mais peculiar: Tamanduá-bandeira

Os dois tamanduás-bandeira do zoo — espécie nativa do Rio Grande do Sul, mas que se considera desaparecida do Estado — até comem ração, mas nada se compara a um suculento cupim. Por isso, os tratadores depositam periodicamente no recinto cupinzeiros, que os animais correm para perfurar com suas garras e sugar, deliciados.

1.100 animais de 150 espécies

Hoje é dia de "festa" para 1,1 mil animais de 150 espécies. O Parque Zoológico de Sapucaia do Sul está completando seu 48° aniversário. Leve um quilo de alimento não-perecível para realizar a visitação.

Serviço

O que: aniversário do Parque Zoológico

Quanto: 1 quilo de alimento não-perecível

Quando: hoje, das 8h30min às 17h

Como chegar: o parque fica na BR-116, em Sapucaia do Sul. Quem segue no sentido Porto Alegre-Sapucaia deve ficar atento. O acesso pelo retorno da Unisinos está fechado. Ao passar pelo parque, é preciso seguir mais dois quilômetros e fazer o retorno no viaduto da Avenida João Corrêa, em São Leopoldo.

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