segunda-feira, 28 de junho de 2010

13 serrarias embargadas e milhões em multas aplicadas pelo Ibama no Rio Grande do Sul

Encerrada a operação de fiscalização no Rio Grande do Sul para coibir desmatamento ilegal em área de Mata Atlântica. Todas as 25 serrarias do município de Jaquirana, polo madeireiro do estado, foram vistoriadas, o que resultou em 13 embargos, 26 Autos de Infração lavrados, R$2,8 milhões em multas aplicadas, apreensão de 828,86 metros cúbicos de araucária e 3.366,96 metros cúbicos de pinus. Além de inúmeras notificações expedidas exigindo dos empreendimentos o registro no Cadastro Técnico Federal - CTF.

Também foram realizadas duas vistorias em Planos de Manejo de Araucárias na região. Em um deles foi flagrado o descumprimento do alvará de corte expedido pelo órgão de defesa florestal do estado - Defap, inclusive com supressão de vegetação em Área de Preservação Permanente. Essa ação do Ibama foi realizada em parceria com o Defap.

Segundo Carlos Henrique Jung Dias, um dos coordenadores de campo da ação, “chamou a atenção o descaso em relação ao registro no CTF, já que, mais da metade das empresas fiscalizadas apresentaram algum tipo de irregularidade em relação ao cadastro”.

A operação de fiscalização denominada Cigarras foi deflagrada pelo Ibama/RS em conjunto com o Defap/Sema, Polícia Ambiental e Receita Estadual. O superintendente do Ibama no Rio Grande do Sul, João Pessoa Riograndense, disse que “outras operações de fiscalização estão previstas no estado visando coibir o desmatamento ilegal no Bioma Mata Atlântica”.

sábado, 19 de junho de 2010

Ação na Mata Atlântica: Ibama intensifica fiscalização no Rio Grande do Sul


Porto Alegre (16/06/2010) - Desde o dia 13 deste mês de junho, a superintendência do Ibama do Rio Grande Sul coordena ação de fiscalização no município de Jaquirana, no nordeste do Estado, deflagrada conjuntamente com o Defap/Sema (Secretaria Estadual do Meio Ambiente), Batalhão Ambiental da Brigada Militar e Receita Estadual, para coibir o corte ilegal de Araucárias.

Localizado na borda da Serra Geral, em pleno bioma da Mata Atlântica, o município de Jaquirana tem como matriz produtiva o corte e o beneficiamento do Pinus, espécie florestal exótica largamente plantada na região. No entanto, desde 2007, as serrarias da cidade constam nos levantamentos de informação do Sistema de Documento de Origem Florestal (DOF) do Ibama, como prováveis fontes de irregularidades no corte da espécie nativa Araucária (Araucaria angustifolia), constante na Lista Oficial das Espécies da Flora Brasileira Ameaçadas de Extinção.

Em janeiro de 2010 o levantamento de informações foi intensificado, sendo deflagrada a Operação Cigarras, alusão ao significado indígena do nome Jaquirana, que até o momento contabiliza a 14 Autos de Infração lavrados, num total de R$1,76 milhões em multas. Das oito empresas vistoriadas, seis foram embargadas, ficando apreendidos 820,00 m³ de Araucária e 1.340 m³ de Pinus.

“A transferência de créditos de madeira no sistema DOF de forma fraudulenta, para “esquentar” a supressão ilegal das araucárias retiradas diretamente da mata nativa, é um dos graves ilícitos ambientais constatados” diz Régis Fontana Pinto, Chefe da Fiscalização no Ibama/RS. “Além disso, apenas uma das empresas apresentou o correto licenciamento ambiental, sendo que as outras operavam sem a Licença de Operação ou descumprindo-a” acrescenta o analista ambiental. Outras agressões ao meio ambiente também foram identificadas, como a invasão e dano às Áreas de Preservação Permanente (APP) e o descarte irregular de produtos químicos utilizados no tratamento da madeira diretamente em açudes e riachos.

Todas os crimes ambientais serão comunicadas ao Ministério Público Federal e os infratores responderão na justiça. A madeira apreendida está sendo doada em sua maioria para a construção de casas populares nas prefeituras municipais da região, para o Exército Brasileiro, a Polícia Federal, Policia Militar e a Universidade Federal de Santa Maria.

O superintendente do Ibama no rio Grande do Sul, João Pessoa Riograndense, considera que o fato da operação ter sido articulada com outros órgão da administração estadual aumentou sua eficácia. “As doações sumárias estão seguindo os marcos legais e possibilitando a retirada mais rápida da madeira em posse do infrator”, explica.

Participam da operação cerca de trinta agentes dos vários órgãos envolvidos, sendo que 16 deles são fiscais do Ibama.

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Amargo gusto do resíduo




Um cafézinho, um resíduozinho...

Como responde em seu FAQ o site do fabricante:

"As cápsulas de NESCAFÉ® Dolce Gusto® apesar de serem compostas em grande parte por plástico (polipropileno), não poderão ser colocadas no contentor destinado às embalagens (contentor amarelo).
Assim, as cápsulas usadas de NESCAFÉ® Dolce Gusto® podem ser simplesmente colocadas juntamente com o lixo indiferenciado, sendo possível em alguns casos a recuperação da energia contida nos resíduos. "

Em Portugal, outra Máquina de café: a Nespresso, que também utiliza cápsulas, já têm postos de recolhimento das cápsulas para reciclagem.

E aqui pra quando o recolhimento destas cápsulas ???
Ou o que seria melhor, pra quando uma solução de material ou engenharia da máquina para não gerar este resíduo??? ( o qual não pode ser descartado como reciclável até o momento).

Imagem da água contaminada por vazamento de petróleo, no Golfo do México

Governo cria comitê para trabalhar em preservação do Bioma Pampa


Uma medida importante para preservar o Bioma Pampa foi comunicada pela governadora Yeda Crusius, nesta segunda-feira (14), em Santana da Boa Vista: a criação de um comitê para acompanhar o Programa RS Biodiversidade na região Escudo Riograndense. "Esse é o primeiro ato de um contrato de US$ 5 milhões", disse Yeda ao lembrar a assinatura de convênio com o Banco Mundial, em maio desse ano.

Pelo acordo, o Fundo Global para o Meio Ambiente doou ao projeto US$ 5 milhões, com contrapartida do Estado de US$ 6 milhões. "Essa inovação é para que a comunidade do Bioma não precise ir embora", ressaltou Yeda. "É um projeto inovador, em que os produtores receberão recursos", completou.

De acordo com o secretário do Meio Ambiente, Giancarlo Tusi Pinto, o projeto vai aproximar o setor produtivo da gestão ambiental e haverá políticas para uma produção sustentável. "Os recursos também serão destinados à capacitação dos produtores", afirmou. Para a prefeita Aline de Freitas a ação vai gerar desenvolvimento para as cidades aliado ao cuidado com o ecossistema.

Sema apresenta plano de trabalho para inventário florestal

A Secretaria Estadual do Meio Ambiente (Sema) sediou, nesta segunda-feira (14), uma reunião para estabelecer o plano de trabalho para a realização do Inventário Florestal Nacional /Estadual. A apresentação à sociedade é a primeira ação para a realização do inventário, segundo foi definido no termo de cooperação assinado no mês de entre a Sema e o Ministério do Meio Ambiente (MMA).

O inventário florestal vai permitir o monitoramento da produção florestal, fornecendo informações sobre a qualidade e distribuição florestal, detectando as mudanças na vegetação, no solo e no clima. , estabelecendo séries temporais para análises de cenários e tendências. O estudo, que identificará a quantidade de florestas naturais e plantadas, a recuperação de áreas degradadas e os usos que o agricultor faz da terra, servirá como instrumento para subsidiar as políticas públicas de desenvolvimento, de uso e de conservação ambiental.

A apresentação foi feita pelo diretor do Departamento de Florestas e Áreas Protegidas da Sema, Rafael Ferreira, e pelo gerente executivo de Informações Florestais do MMA, Joberto Veloso de Freitas. Participaram do encontro representantes das secretarias estaduais da Agricultura (Seappa), do Desenvolvimento (Sedai), da Emater, Farsul, Famurs, Fetag, Fiergs, universidades, Ageflor, sindicatos ligados ao setor, ONGs, técnicos da secretaria e da Fepam, entre outros. Um novo encontro ocorrerá em breve para a apresentação das sugestões para o desenvolvimento do estudo.

quinta-feira, 10 de junho de 2010


O Diário Oficial de hoje traz instrução normativa assinada pelo presidente do Ibama, Abelardo Bayma, que estabelece “os requisitos técnicos para regulamentar os procedimentos para avaliação do estado de manutenção dos veículos em uso”.

A IN n.º 06, publicada na página 70 da Seção 1, é uma conseqüência de resolução do Conselho Nacional do Meio Ambiente – Conama que no ano passado tornou obrigatória em estados e municípios com frota superior a 3 milhões de veículos a implementação de Programas de Inspeção e Manutenção Veicular. Ao Ibama, coube a atribuição de regulamentar os procedimentos técnicos para a realização destas inspeções.

Essa regulamentação visa padronizar todos os procedimentos técnicos da inspeção em um posto constituído para tal fim. Qualquer estado brasileiro que venha a adotar tais programas terá os mesmos procedimentos e exigências para cumprir, conforme orienta a IN do Ibama.

A medida é resultado de estudos realizados, envolvendo técnicos responsáveis em verificar sua aplicação dos municípios de São Paulo e Rio de Janeiro, bem como da Cetesb e os da Diretoria de Qualidade Ambiental do Ibama que são responsáveis pelo Programa de Controle a Poluição do Ar por Veículos Automotores (Proconve).

A implantação de programas de inspeção de veículos em uso é uma forma de garantir que o seu proprietário faça pelo menos as revisões previstas pelo fabricante como contribuição individual ao controle da poluição do ar, pois, de nada adiantaria impor ao fabricante rígidos limites máximos de emissão de poluentes e ruído, se o veículo após ser comercializado, não tivesse a correta manutenção técnica para assegurar a continuidade e durabilidade dos níveis das emissões homologadas.

Melhorar a qualidade do ar é uma das missões relevantes na agenda do Ibama para garantir um meio ambiente íntegro, conforme preconiza a Constituição e o lema do Proconve que é “MelhorAR Sempre”.

domingo, 6 de junho de 2010

Peixe robô guia cardumes em testes


A vida de muitos peixes, em breve, pode ser salva por robôs – e sem que eles se deem conta.

Um engenheiro do Instituto Politécnico da Universidade de Nova York criou uma pequena máquina em formato de peixe que, simulando o comportamento dos animais, pode guiar cardumes inteiros para afastá-los de situações de risco, como turbinas.
A ideia saiu da cabeça do engenheiro mecânico Maurizio Porfiri, descrito pela universidade como um apaixonado por animais e ficção científica e que é especializado em modelagem avançada de materiais inteligentes.

Ele analisou o comportamento de peixes em seu tanque e percebeu que eles têm uma forma bastante particular de compartilhar informações. Como os peixes tomam decisões com base no que veem e nos fluxos de água que sentem, os líderes dos cardumes procuram bater a cauda mais rapidamente para ganhar a atenção de um grupo e conduzi-lo.

Usando um pequeno tanque em forma de anel, com câmeras, a equipe de Porfiri estudou matematicamente o comportamento de peixes em ambientes unidimensionais. Com base nisso, os pesquisadores construíram um pequeno robô, silencioso e controlado remotamente, que imita a forma de um peixe e cabe na palma da mão. Por enquanto, o falso animal pode nadar por um plano, mas a ideia é que em uma próxima versão ele também seja capaz de mergulhar e emergir.

O robô usa polímeros iônicos que incham e encolhem em resposta a estímulos elétricos de uma bateria, o que faz com que ele se movimente de forma bastante semelhante aos peixes reais. Como peixes de vários tamanhos e espécies diferentes nadam juntos, eles não apenas aceitaram o colega robô, que era maior que todos eles, como também o receberam como líder.

Agora, a equipe estuda outras características dos cardumes, como a percepção do número de peixes no comportamento do grupo - segundo eles, os peixes conseguem contar intuitivamente até três ou quatro objetos ao seu redor. Além disso, eles tentam entender formação, inteligência, capacidade de raciocínio e como esses animais fazem para identificar e fugir de predadores.

Outras aplicações


O desenvolvimento do peixe-robô abriu portas para vários outros estudos, como a captação de energia em ambientes aquáticos por meio de polímeros iônicos, e a criação de "músculos" artificiais que podem operar sem bateria, alimentando-se por ondas eletromagnéticas.

O mesmo modelo matemático pode servir para levar pássaros para novos ambientes, caso seu hábitat seja destruído pelo homem, dizem os responsáveis pelo projeto. A pesquisa ainda pode servir para aplicações em veículos como submarinos, aviões e automóveis terrestres.
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